sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EXTINGUIR-SE

A dor atroz e sem parâmetro,
dor desmedida e concreta,
a dor que prostra, a dor que dói,
a dor que o exame não mostra
e apenas revela sua preeminência certa
- essa dor não é a dor do espírito
ou a dor do amor que se foi,
Mas é a dor física que se manifesta.

E tanto dói  ao extremo essa dor,
Forçando ao ser inteiro que as exprima
nos seus lamentos e na sua cor,
e que nada o acalma ou anima.

A voz da alma em seu interior,
o exorta para o corte fatal
para o ato derradeiro e anormal
aquele que, enfim, sendo ele  solução,
porá termo à angústia desse horror.
A dor não passa, antes intensifica-se,
e a idéia eficaz, cresce na mente e no coração.
A alma então, se agita em extremo topor...

E essa profunda dor manifesta,
Que torna o ser desvairado e a vida tão triste,
Resolve-se e a sua decisão é quase uma festa:
O ser estingue-se, como  se nunca existisse !



DOUGLAS SANTOS JÚNIOR

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