sexta-feira, 4 de setembro de 2015

À, minha prenda!

Mara Irani!
É!
Teu parceiro velho e cansado,
Abriu o baú de sua vida,
E numa caixinha secreta,
E foi buscar lá no passado,
Recuerdos de nossa juventude.

Prenda minha;
Minha flor de pomar
Entre elas a mais bela!
Foi tão bom te encontrar; Não!
Eu era um guri inquieto.
Pelas estradas desta vida.

E tu estavas ali!
Olhar insinuante
Que penetra sem nos ferir.
Com toda a sua formosura;
Cabelos longos, curvas no corpo
Dona de sua meninice.

Mara Irani!
Me foste dando aos tranquitos;
Controladas liberdades;
E fui entendendo aos pouquitos
O que é calor de fogo ardente;
Nos beijos incandescentes.

Eu conheço todos teus atalhos;
Coxilhas, Serros e Canhadas;
Do calor das eternas madrugadas
Nos pelegos aos quais deitaras.

Aos anos que se passaram
Sempre foste; “Estrela” a quem mirar.
Despojada, insistente, perseverante
Brisa do mar e tempestade tropical;
Buscando o bem, acima do mal.

Hoje aqui estou contente;
Calejado, mas sorridente,
Vendo sementes que nós plantamos
Cresceram e frutificaram.
É! Nossa caminhada aqui não para,
É isto ai! Amada Mara.

“Vaqueano”- Janeiro de 2013.

ANLPPB cadeira 76 & “Coesão Poética de Sorocaba”

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