sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A quimera do menino 

Longe o tempo em que o sonhar era menino... 
E o menino, no divagar de antanho, 
Urdia nos sonhos o seu destino,
Imaginando o mundo ao seu tamanho. 

O alazão herói, feito de pau, 
Galopava em nuvens de algodão, 
E com audácia, combatendo o mal, 
Impregnava do bem seu coração. 

Mas, o diáfano e translúcido equino, 
Que, a própria vida e o tempo acelera, 
Desfaz-se agora em sopro repentino.

 E aquele sonho, que menino era, 
Tornou-se adulto e com mais tino, 
Transformando-se em lívida quimera. 


Nicanor Pereira

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