terça-feira, 18 de outubro de 2011

VALSA DOS QUINZE ANOS




Em teu vestido de gala,
pela sala co’elegância,
valsas tu, bela e formosa,
donairosa flor da infância.

És pequena e frágil ainda,
mas a menina de trança,
valsa hoje a despedida
da vida outrora criança.

Hoje, tu que és senhorita,
que a fita das tranças deixas,
tens o rosto orlado d’ouro
do louro de tuas madeixas.

E jovem moço galante,
e elegante ao te ver,
ter-te na dança mais perto
decerto há de querer.

Que esta valsa te conduza,
ó musa, a um belo porvir,
que nunca a vida te abrume
o costume de sorrir.

Entretanto, no momento,
deste evento é bom mister
dizer-te: ─ Não és menina,
mas ainda não és mulher.


DADO CARVALHO
Poema escrito para minha sobrinha Maria Cláudia,
no dia em que completou quinze anos.
30 de julho de 1976 – 20:45h

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